A eminente forma de como o imposto será cobrado no Brasil e depois dividido entre municípios, Estados e Federação é o assunto de momento no país. Fato que nesta quarta-feira (05/07) reuniu dois adversários paulistanos para alinhar a possível votação desta quinta-feira (06/07) na Câmara Federal: Fernando Haddad e Tarcísio de Freitas.
Hoje governador de São Paulo e, inicialmente, principal crítico da reforma, Tarcísio de Freitas foi o oponente de Fernando Haddad (atual ministro da Economia) na disputa pelo Governo de São Paulo nas eleições de 2022. Agora, é o destaque na articulação com previsão de reunião nesta quinta-feira para convencer Jair Bolsonaro frente à reforma.
Por outro lado, segundo especialistas, é a afirmação de um estadista sendo criada. Tarcísio aproveitou como poucos os holofotes do momento conturbado frente à reforma tributária e suas incertezas para articular a evidência do seu nome e, assim, demonstrar atitudes coerentes. Primeiro levantou críticas, mas depois trabalhou para entender e ajudar.
Após a reunião desta quarta-feira com Haddad, o governador de São Paulo deixou de lado algumas críticas e disse estar a favor de “95% do que está sendo discutido”. Freitas disse ainda ter divergências em “questões pontuais” com o governo federal, mas afirmou ser um “parceiro” na aprovação da reforma.
A representatividade dos estados e dos municípios dentro do Conselho Federativo, a ser criado, está mais perto de solução. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sugeriu que as votações no futuro órgão, que decidirá sobre políticas fiscais e tributárias, obedecerá a dois critérios simultâneos: o número de estados e o peso da população dos estados.
“Encaminhamos uma proposta para o Conselho Federativo. As votações vão ter de atender os critérios de população e de números de estados. Para passar no conselho, [uma proposta] tem que ter maioria dos estados e maioria da população”, explicou Haddad ao lado de Tarcísio de Freitas, após reunião.
Da redação com informações e imagem da Agência Brasil.
