Em mais uma viagem ao exterior, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Bruxelas, na Bélgica, no domingo (16/07) e participou nesta segunda-feira (17/07), na abertura da 3ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia. No seu discurso, abordou temas como democracia, criticou extremismos políticos e condenou a guerra na Ucrânia.
Conforme a Agência Brasil, cerca de 60 líderes estrangeiros dos países-membros dos dois blocos participam do encontro, que termina nesta terça-feira (18/07). Essa reunião de líderes não ocorria desde 2015 e para o presidente brasileiro é momento de superar extremismos políticos, manipulação de informação e violência contra minorias. Lula defendeu políticas de inclusão social, digital e educacional.
Para o presidente brasileiro existem avanços da revolução digital no acesso a serviços e ao consumo e Lula destacou a “necessidade regulação do setor, inclusive por meio de uma coordenação internacional”. Demanda potencializada por seu governo e criticada por opositores. “É urgente regulamentarmos o uso das plataformas para combater os ilícitos cibernéticos e a desinformação”, disse.
“O que é crime na vida real deve ser crime no mundo digital. Aplicativos e plataformas não podem simplesmente abolir as leis trabalhistas pelas quais tanto lutamos”, opinou Lula. Ao passo que, o presidente do Brasil voltou a criticar o atual modelo de governança global, no seu entendimento, que “perpetua assimetrias, aumenta a instabilidade e reduz as oportunidades para os países em desenvolvimento”.
Sobre a guerra na Ucrânia, Lula observou ser “mais uma confirmação de que o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) não atende aos atuais desafios à paz e à segurança globais”. Também citou que “seus próprios membros não respeitam a Carta da ONU. Em linha com a Carta das Nações Unidas, repudiamos veementemente o uso da força como meio de resolver disputas”.
“O Brasil apoia as iniciativas promovidas por diferentes países e regiões em favor da cessação imediata de hostilidades e de uma paz negociada. Recorrer a sanções e bloqueios sem o amparo do direito internacional serve apenas para penalizar as populações mais vulneráveis”, discurso o presidente. Ainda, chamou atenção para o meio ambiente e necessidade de políticas sociais mundiais.
Da redação com informações e imagem da Agência Brasil/Ricardo Stuckert/PR