“O mundo inteiro sofre com questões de Saúde Mental”, frisou Cláudia Moema Zaions, funcionária da Prefeitura, com base num relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) intitulado “Transformando a Saúde Mental para Todos” e divulgado no final de 2022. Isso ficou mais evidente pós pandemia, segundo ela, dificultando ainda mais e com necessidade mais abrangente e ações em várias áreas.
Nisso, a indicação de ações em saúde pública, governança, serviços de saúde e promoção do bem-estar mental, conforme exposição feita na reunião desta segunda-feira (02/10). As recomendações são para os governos, organizações em saúde e sociedade. Dentre eles, aumentar os investimentos em saúde mental, em específico, para ter a assistência, com integração e sem ficar um assunto ‘fragmentado’.
Colocar a temática na atenção primária, onde há apenas uma psicóloga para atender todo o município. Cláudia Zaions defendeu a ampliação desse quadro e a extensão do serviço no atendimento das Unidades Básica de Saúde (os postos). Trabalhando para promoção da saúde e socialização. O diálogo e as práticas do dia a dia, de bem-estar e convivência, são fundamentais, no seu entendimento, para isso.
Combater o estigma em relação aos transtornos mentais para as pessoas se sentirem à vontade para buscar ajuda. Geralmente, as pessoas que recebem assistência acabam sofrendo preconceito social. Sendo fundamental, também, o acesso aos serviços de Saúde Mental de qualidade. Pacientes do interior são os mais prejudicados nesse sentido, com maior dificuldade de receber atendimento.
Por atingir o mundo todo, o questionamento é o que pode ser feito para melhorar a condição de Saúde Mental para todos? Por trabalhar no Ambulatório de Saúde Mental e Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), a profissional convive com esse assunto no seu trabalho diário. Segundo ela, é necessário ampliar a equipe, dentre outros pontos a serem melhorados, num crescente número de casos e pessoas a serem atendidas.
A porta de entrada do atendimento é a Unidade Básica de Saúde, onde é feita a primeira abordagem e a estratificação do caso. Diante dessa classificação de risco, onde há apenas uma psicóloga no município para prestar esse serviço e se avaliado com necessidade de continuar a assistência – onde há longa fila de espera, o paciente segue uma rotina de estar sendo atendido e assistido pelo município.
Em União da Vitória existe um comitê municipal, criado em 1º de fevereiro de 2023 pelo Decreto nº 043/2023. A composição é feita por instituições e departamentos públicos e gerais da sociedade. A finalidade é articular, refletir e discutir, a partir da realidade local, necessidades e recursos para estabelecer prioridades. Até porque Saúde Mental não é trabalhado apenas no CAPS, mas busca a promoção e prevenção.
Disso, o foco apontado pela profissional para tratar o assunto de uma forma mais ampla e buscando melhorias nessa área tão delicada, e diferente de uma pessoa a outra. Cláudia Zaions, ainda, citou o Dia Mundial da Saúde Mental – 10 de outubro, com a promoção de uma corrida no próximo sábado – dia 7 de outubro, com apoio da Secretaria de Esportes, Acorvali e auxílio do CAPS e Ambulatório de Saúde Mental.
Da redação com informações e imagem/reprodução da Câmara de Vereadores de União da Vitória.