Desde às 20h do dia 20 de outubro (sexta-feira) quando atingiu o índice mais alto nessa enchente, 8,384m e ficou assim por mais 3 horas, o nível baixou apenas 20,7cm em 56 horas. A quantidade de água da cheia em toda a região acima de União da Vitória deixa a medição, ainda, em 8,177m às 6h desta segunda-feira (23/10). Nas últimas leituras vem baixando menos de 0,5cm por hora.
A vazão registrada é de 3.410 m³/s nesta manhã. 140 a menos que o registro máximo de 3.550 m³/s da noite de sexta-feira (20/10). Mesmo assim, um parâmetro técnico mostra que o nível deve continuar baixando lentamente. Mais de 68% desse volume está concentrado a pouco mais de 100 km rio acima, em Fluviópolis, onde o nível também vem baixando 0,5cm por hora, na média.
A leitura nesse local é quando o rio Negro e Potinga (com seus afluentes) se somam ao Iguaçu e mais que triplicam o volume. Em São Mateus do Sul, mesmo com o nível ainda em 5,344m (baixou mais de 60cm), a vazão é de 696 m³/s e em Fluviópolis é 2.320. Ou seja, essa região é fundamental para entender a cheia, desde o alagamento são-mateuense até os índices alcançados rio à frente.
Em Fluviópolis, no dia 19 de outubro às 15h o Iguaçu atingiu seu nível mais alto, com 7,859m. Depois começou a baixar lentamente. 39 horas mais tarde, o rio mostra o primeiro indício de estabilização e redução em União da Vitória. Levando em conta essa estimativa é possível comparar o quantitativo similar de nível baixando nos dois locais.
Enquanto em Fluviópolis baixou 5,6cm da meia-noite às 6h, em União da Vitória foram 3,6cm. Esse dado permite avaliar que nas próximas horas o nível pode baixar mais rápido nos dois locais. Tanto pelo represamento de União da Vitória e efeito em Fluviópolis, quanto pelo fato desse local ser referência para os níveis que vem de 36 a 40h depois.
Da redação com informações da Copel e imagem AEN.
