A sessão seria para a votação das contas do Executivo de 2019, reprovadas pelo Tribunal de Contas do Paraná.
Na noite do dia 18 de março de 2024, a Câmara de Vereadores de União da Vitória foi palco de uma polêmica que vai ficar registrada na história política local.
Na sessão, seriam votadas as contas do ex-prefeito Santin Roveda, do ano de 2019. Tal processo teve o parecer de irregularidade, contas não aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná. O parecer da Comissão de Finanças, Orçamento e Patrimônio da Cãmara, integrada pelos Vereadores Anderson Cripa Luis Cardoso (PROS) – presidente, Ricardo Adriano Sass (PP) – Relator e Alandra Roveda Grando (PL) – membro, seguiu o mesmo sentido, emitiu o parecer de IRREGULARIDADE.
A votação do parecer da Comissão de Finanças foi para o plenário, todos os vereadores aprovaram, com exceção dos vereadores ausentes, justamente e coincidentemente os membros da tal comissão, Vereador Ricardo Adriano Sass (PP) e vereadora Alandra Roveda Grando (PL).
Na votação do parecer do TCE, com votação nominal, onde cada vereador é sorteado e faz a votação nominal, também os onze vereadores votaram avalizando tal parecer. Até aí, tudo bem…
Ocorre que, conforma determina o Artigo 216, 217 e 218 do Regimento Interno da Câmara de Vereadores, o Decreto Legislativo cuja redação acolheria o entendimento sobre a aprovação ou rejeição das contas prestadas, seria, ou melhor, deveria ser emitido e ASSINADO pelos vereadores da referida comissão. Porém, justamente os vereadores Ricardo Adriano Sass e Alandra Roveda NÃO ASSINARAM O DECRETO E NÃO COMPARECERAM NA SESSÃO, prejudicando assim de forma covarde os trabalhos da reunião e deixando os presentes, na sua grande maioria funcionários públicos e professores, totalmente revoltados com tal omissão.
Perguntas que devem ser respondidas para a população:
O presidente da Câmara sabia que o Projeto não estava assinado? Quais as diligências realizadas? A votação poderá ocorrer ainda esta semana? Porque essas questões são resolvidas, ou não, somente poucas horas antes das sessões? Será aberto algum procedimento para apurar possível quebra do decoro parlemantar? O Ministério Público será noticiado?
Então falta votar o Projeto de Decreto. Será que os vereadores “faltantes” irão aparecer para assinar, ou estão tentando ganhar tempo? Será que estão buscando alguma maneira de segurar a votação e livrar o ex-prefeito da inelegibilidade de oito anos?
Vamos acompanhar..
Da redação, com dados da sessão da Câmara do dia 18/03/2024. Imagens da internet.